quinta-feira, setembro 28, 2006

Poesia Popular

Pássaro de rico é canário,
pássaro de pobre urubu,
rabo de rico é ânus,
e rabo de pobre é cu.

Moça rica é bacana,
moça pobre é xereta,
periquita de rica é vagina,
a da pobre é buceta.

Rico correndo é atleta,
pobre correndo é ladrão,
ovo do rico é testículo,
o do pobre é colhão.

O rico usa bengala,
o pobre usa muleta,
o rico se masturba,
o pobre bate punheta.

Autor: uma aluna do Colégio Bom Conselho (Fortaleza-CE)

segunda-feira, setembro 18, 2006

Ah pois é, Bébé ...

Sonoro: ON Music: You're Beautiful - James Blunt

Após alguns dias de retiro, regresso ao convívio da escrita.
Estes caracteres soam a uma intensa transição para uma vida ainda mais atarefada, vai recomeçar a época desportiva, treinos e jogos ao mais alto nível, assim o espero.
Ultimamente tenho andado demasiado atarefado, ainda não tinha entrado no ritmo infernal de trabalho, as férias, essas malandrecas tiraram-me dos eixos e custou-me a encontrar a trilha certa.
Pelo meio ainda participei na travessia da ponte Vasco da Gama em bicicleta, é muito porreiro, não há aquele espirito de competição atroz, a malta vai numa onda perfeitamente do relax, disfruta a paisagem, aproveita mesmo a oportunidade única que é andar (na perfeita acepção da palavra) em cima do tabuleiro da ponte. Gostei e sempre que possivel, irei tentar repetir a façanha.
Bem vou ficar por aqui, está na hora da paparoca e é mais que sabido, a hora da refeição é sagrada ;)

terça-feira, setembro 12, 2006

11 de Setembro

Canção do momento: "Sandy & Junior - A lenda"

Ao som desta bonita música, vejo com atenção os documentários que passam na RTP.
Ao fim de cinco anos, as imagens ainda são impressionantes e tocam-me profundamente.
Não queria estar na pele dos sobreviventes, as mazelas físicas terão desaparecido na totalidade, mas as lembranças ferem com tal agonia que deve ser impossivel viver.
Devoro com atenção todas as imagens, cada frame relata da maneira mais fria, mais violenta o que de facto se terá passado. Histórias contadas na primeira pessoa (sobreviventes) que arrepiam, só de imaginar no que terão passado, deixam-me apreensivo.
Toca-me particularmente o relato de um dos chefes dos Bombeiros, da sua "corporação" apenas ele sobreviveu.
Para aumentar incertezas, o documentário que se seguiu, afirmando que tudo não passou de uma manobra interna, faz-me pensar. Realmente há pedaços de história que não encaixam, mas certezas, essas nunca haverão, certo, é as mais de três mil pessoas que perderam a sua vida.

Este post serve apenas para homenagear, aqueles que de uma maneira ou outra ficaram ligados a este fatidico dia, sobretudo àqueles que arriscaram as suas vidas em prol de outros, aqueles que salvaram vidas e não conseguiram salvar as suas...

quinta-feira, setembro 07, 2006

Ui se fosse verdade

"Tiras-me do sério!!! Sim tu tens esse dom.
A tua presença incendeia-me, acelera-me o ritmo cardíaco, por ti entro numa nova dimensão, tudo isto metafóricamente falando, porque na verdade este fascínio actual não tem palavras que o descreva.
Já nos tinhamos cruzado, mas nada que valesse a pena mencionar, mas nestes últimos tempos, temos privado quase que diariamente.
Defeitos ainda não deu para notar, mas nesta fase do campeonato, isso também não é importante.
Gostava de abrir meu coração, queria algo mais, mas tenho medo da rejeição. Não sentes que estou diferente, quando estou a teu lado ?!? Será que te sou indiferente?!? É nesse medo que vivo, por favor, dá-me um sinal, diz-me aquelas palavras bonitas que toda a mulher gosta de ouvir, quero por ti ser amada!!!
Não te vou dizer quem sou, por isso procura-me...

Ass: A tua alma gémea"


Por acaso ainda não recebi nenhum mensagem assim, mas estou disponivel para tal, por isso carinhas larocas, força nisso...

quarta-feira, setembro 06, 2006

O Semáforo

Hoje ia descansadinho da minha vida e parei num semáforo! (para vos situar, era o semáforo para quem vem para a Estação da Reboleira, à direita segue para o campo do Estrela da Amadora)
Ao meu lado, pára um citroen saxo azul com uma linda mulher a conduzir. Inicialmente e como distraido que sou, nem reparei quem o conduzia, mas após uma olhadela de relance, reparei que ela (a linda mulher atrás referida) me fixava, não entendi qual era o seu intuito, picanço não devia ser, pois iamos para sitios distintos, e não conduziamos nenhum maquinão, terá engraçado com este estilo à mete nojo, cabelo cumprido, barba por fazer, quiçá.
Olhei uma vez, e tornei a olhar antes de arrancar e ela continuava a olhar, será que existe algum código, o que seria aquele olhar, será que queria o meu contacto, fiquei intrigado, confesso, mas já não havia volta a dar, sinal verde, é tempo de arrancar, cada um seguiu o seu rumo, mas ambos ficámos parados no tempo naquele olhar.
Por isso linda mulher no Saxo Azul, se estás a ler estas palavras, eu estou aqui...

terça-feira, setembro 05, 2006

Podia ?

Podia ser uma bonita história de amor!!!
Podia ? Questiono eu e pouco convencido disparo, mas não pode porquê ?
A resposta? essa é vaga, silenciosamente foges com o olhar. Talvez não seja o melhor confidente, mas neste momento, sou o único que tens...
Nesses instantes um pensamento invade-me "É preciso conhecer-se a outra pessoa, tal como ela precisa de te conhecer a ti, não basta só aquele click, as coisas não vivem apenas do físico (embora muitas vezes é o melhor que se pode ter de uma relação), é necessário partilhar gostos, sentimentos, emoções, aí sim, se não houver cumplicidades, se a outra metade não te completar e tu não a completares a ela, então sigam seu rumo.
Não queiram egoistamente completarem-se a vocês mantendo aprisionada a outra pessoa, sem que ela alcance a felicidade na sua forma mais bonita."
Não foi preciso dizer nada, timidamente e libertando-te aos poucos do medo inicial, quebras as tuas regras, e por instantes situas-me na trama, não é fácil, digo eu, mas por ser assim é que é linda, é a luta que se avizinha, que alimenta o sonho, nada na vida aparece de mão beijada, é preciso lutar, manter viva a chama e se durante as vastas batalhas achares que vais perder a guerra, então sai fora, mas sai de cabeça erguida, com a certeza que fizeste tudo ao teu alcance, sai convicta que era humanamente impossivel lutar mais!
Sai, mas não pares de sonhar, há mais marés que marinheiros...

As férias...

Regressado de uns excelentes quinze dias de férias, vou relatar estas vivências.

Com alguma reticência e dividido arrumo as tralhas prestes a seguir caminho.
Por vezes deixo-me levar pelo rotineiro, pelo que a ideia de ir acampar, ainda por cima durante quinze dias, fazia-me pensar duas vezes.
A ideia de ir para o meio do nada, sem electricidade, sem a certeza daquele elo de ligação ao mundo, não me agradava de todo.
Não sou no entanto Homem de recusar desafios e já que não fui à tropa, estas duas semanas de campo tinham que fazer parte do livro de memórias.
A guitarra iria ser a minha companhia, sem falar no grupo de pessoas que me acompanhavam, essas sim, iriam fazer os possiveis e os impossiveis para eu gostar da estadia.
No primeiro dia, basicamente assisti, com muita atenção à montagem das tendas, a cada gesto meticulosamente calculado e após alguns minutos, quatro castelos estão erguidos.
Em quase todas as noites fazemos serão, durmo pouco, mas esse pouco parece-me imenso, acordo sempre cheio de energia, não há nada melhor que adormecer e acordar ao som da natureza, com o constante "saltar" das carpas, com o som da coruja (na última noite, estivémos diante um do outro uns escassos segundos, os suficientes para contemplar a beleza daquela espécie) e com uma imensidão de aves, que por falta de conhecimento, não posso especificar.
A loucura essa estava destinada a ser total, pelo meio de um dia de alta bazófia, havia um dia em que as energias estavam muito fracas, como que se precisassem de recarregar.
Cantámos o fado (tivémos a companhia de um profissional do fado, com a respectiva família), jogámos às cartas até ás tantas, conversámos, convivemos harmoniosamente.
Foram uns óptimos 15 dias, venho completamente renascido e pronto para a árdua labuta.