terça-feira, setembro 05, 2006

As férias...

Regressado de uns excelentes quinze dias de férias, vou relatar estas vivências.

Com alguma reticência e dividido arrumo as tralhas prestes a seguir caminho.
Por vezes deixo-me levar pelo rotineiro, pelo que a ideia de ir acampar, ainda por cima durante quinze dias, fazia-me pensar duas vezes.
A ideia de ir para o meio do nada, sem electricidade, sem a certeza daquele elo de ligação ao mundo, não me agradava de todo.
Não sou no entanto Homem de recusar desafios e já que não fui à tropa, estas duas semanas de campo tinham que fazer parte do livro de memórias.
A guitarra iria ser a minha companhia, sem falar no grupo de pessoas que me acompanhavam, essas sim, iriam fazer os possiveis e os impossiveis para eu gostar da estadia.
No primeiro dia, basicamente assisti, com muita atenção à montagem das tendas, a cada gesto meticulosamente calculado e após alguns minutos, quatro castelos estão erguidos.
Em quase todas as noites fazemos serão, durmo pouco, mas esse pouco parece-me imenso, acordo sempre cheio de energia, não há nada melhor que adormecer e acordar ao som da natureza, com o constante "saltar" das carpas, com o som da coruja (na última noite, estivémos diante um do outro uns escassos segundos, os suficientes para contemplar a beleza daquela espécie) e com uma imensidão de aves, que por falta de conhecimento, não posso especificar.
A loucura essa estava destinada a ser total, pelo meio de um dia de alta bazófia, havia um dia em que as energias estavam muito fracas, como que se precisassem de recarregar.
Cantámos o fado (tivémos a companhia de um profissional do fado, com a respectiva família), jogámos às cartas até ás tantas, conversámos, convivemos harmoniosamente.
Foram uns óptimos 15 dias, venho completamente renascido e pronto para a árdua labuta.

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