sábado, agosto 19, 2006

Encerrado para férias

Ao som da excelente música dos Fingertips "Cause to Love You" escrevo este post.
Poderia escrever sobre amores e desamores, mas acreditem, já é um tema muito curriqueiro e começa-se a tornar demasiado banal, exceptuando um ou outro post que foge a essa regra.
Aproveito para dar uns "recadinhos" a quem eu tenho melgado ultimamente, não levem a mal, eu até sou bom rapaz, se chateio é sempre por uma boa causa, eu sei que vocês não gostam de estar sózinhos :).
Para ela, que sabe bem quem é: BE STRONG, ALWAYS BELIEVE IN U, U R BEAUTIFUL, KEEP UP THE GOOD WORK AND HAVE FUN.
Como disse anteriormente neste blog, vou de férias, vou acampar.
Além do básico de um campista, vou levar a minha viola, a minha companheira desde os meus tenros 15/16 anos, é nela que me abrigo quando estou a precisar de retemperar energias, é nela que dedilho os acordes que me despertam... (Não pensem que sou um grande artista, dou uns toques, o suficiente para me sentir realizado)
A minha viola tem a particulariedade de estar repleta de autocolantes, em determinada altura achei-a despida, se calhar quis ser diferente, também tenho as minhas pancadas, ou julgam que sou assim tão perfeito (se calhar até sou demasiado perfeitinho para um mundo tão imperfeito, mas isso não interessa nada).
O importante a referir, é que vou dar de frosques, deixar esta cidade, esta agitação, o telefone que não pára de tocar, o telemóvel que constantemente se queixa com falta de alimento (tal não é constante corropio de chamadas).
Para onde vou, não vou estar perto de computadores, internet, por isso meus amigos, este blog também vai de férias.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Nesta janela

Sentado nesta janela, observo o mundo distante, o amontoar das pessoas seguindo cada uma o seu rumo.
Sentado nesta janela, tenho uma visão tão abrangente, consigo ver a loira a ser massacrada com o atrevido piropo obral. Assisto a mais um roubo, vejo os miudos a jogar à bola, inocentemente colocando em perigo a sua vida, vejo os carros em suas pistas numa frenética corrida.
Sentado nesta janela, vejo a velhinha que teima em dar de comer aos pombos apesar de ser proibido.
Sentado nesta janela, perco-me no tempo, cruzo-me com este ou com aquele individuo, que por aqui passa mais que uma vez.
Sentado nesta janela, tudo me parece perfeito, aqui sentado estou distante do mundo, aqui ninguém me pode magoar, estou isolado, no meu mundinho, num pedacinho de céu que é só meu...
Sentado nesta janela, espero que o mundo sorria, que não haja mais guerras, doenças, que acabem os milhares de calamidades que são noticiadas no jornal.
Sentado nesta janela, sonho, sonho com ela, sonho connosco, imagino um destino tão bonito que me permita sair deste refúgio.
Sentado nesta janela, tento tornar-me mais forte, vejo aquilo que quero e o que não quero.
Sentado nesta janela, vivo noutra dimensão...

segunda-feira, agosto 14, 2006

O Velho do Jardim

Aquele rosto triste e enrugado, demonstra o peso da sua idade.
A solidão essa, não é mais do que o culminar das inúmeras mudanças, mil e uma fases que passou.
Sente-se uma outra pessoa, onde a responsabilidade e todo o seu ensinamento, é proporcional aos números, números esses que adicionam histórias à sua longa vida.
Enconstado à sua bengala, como que a sua actual arma de defesa, relembra tempos passados no Ultramar, onde as feridas jamais cicatrizaram. Relembra com emoção os amigos que tombaram e já não se ergueram, relembra ainda, as negras que dançavam noite e dia, transbordando de alegria.
Por cá, continua perdido nos bancos do jardim, gastos e sujos, onde passa as suas tardes.
Podia estar num lar, questionam as pessoas que por ele passam, ao que ele convicto responde: "Enquanto me for permitido, enquanto a saúde assim o desejar, fico por aqui neste banco, já passou por mim muita vida, muita gente, muitas lembranças, aqui sinto-me bem, não me sinto sózinho, aqui sou alguém, embora a gente passe a correr, num corropio e numa azáfama própria de quem ainda não alcançou todos os seus sonhos e objectivos!"
A noite começara a cair, e o velho do Jardim, cumprindo mais um dia rotineiro, regressa ao seu refúgio, amanhã cá estará mais uma vez...

Escrevinho, pois claro...

Não sou escritor, nem ambicino a isso, poeta muito menos, gosto de brincar com as letras, passar a limpo todos os rascunhos mentais que vou tendo. Não tenho uma mente briosa, mas consigo meticulosamente articular histórias, sejam elas vividas na primeira pessoa, ou não.
Gostava de ter um vocabulário mais rico, mas conforme escrevo, não procuro no dicionário sinónimos para esta ou para aquela palavra, tal falha deve-se talvez ao facto de não ter tido uma preparação mais cuidada e ter sido enquanto estudante um pouco baldas.
Vou consultando este e aquele blog e realmente isto da escrita já nasce connosco, é aquele dom, todos temos o nosso, o meu teima em manifestar-se, é envergonhadito, mas aqui entre nós, está no seu direito...
Já tinha tentado esta aventura dos blogs, mas estiverem sempre condenados ao fracasso desde o seu inicio (um deles, apesar de ter muito gosto em fazê-lo, dava muito trabalho), este, por incrivel que pareça, tem aguentado estoicamente e tornou-se num hábito, numa espécie de vício salutar. Quase todos os dias tenho rabiscado, e por isso, agradeço à pantera/cascavel por me ter incentivado a tal.
A partir do próximo fim-de-semana, vou estar ausente duas semaninhas, vai ser o descanso do guerreiro, e como já dizia uma letra dos Pólo Norte, "Na mala do carro só levo a guitarra e as letras que escrever, vão falar desta viagem..."

sexta-feira, agosto 11, 2006

Arrepiar fininho...

Caminhando pelos sinuosos rumos desta vida, chega um momento que arrepiar fininho já não nos move.
Mil e uma travessias fazemos, mas há sempre uma que teima ser tão dura.
Eu sei que um cavaleiro se move na esperança de encontrar a sua donzela, clamar os seus poemas arrebatados de sentimentos, melodicamente sincronizados com seu espirito engatatão, sim porque as palavras actualmente só nada dizem, se não forem acompanhadas com uma bonita imagem (a não ser que se façam serenatas à noite e de preferência em locais escuros e de ténue visibilidade).
Podem muito bem esconder-se atrás de caracteres de uma SMS, ou quiçá, juntar um considerável numero de caracteres e navegando a altas velocidades que a banda larga permite, fazer-se notar através de e-mail.
Já se fizeram filmes e tudo, mas como filme é filme, a história acaba sempre bem...
A vida, apesar de ser um filme, que junta vários géneros, desde a comédia ao drama, nunca é capaz de no seu argumento, brindar quem a vive com um final típico de cinema, tem sempre que haver um volte face, uma dificuldade extra.
Deve ser o guião mais dificil de ser escrito e interpretado, a claquete bate apenas uma vez e estás sempre a ser filmado, não repetes cenas, decoras novo texto e segues novo caminho.
E depois desta aventura, desta curta passagem, como será a que se segue?!?

quinta-feira, agosto 10, 2006

Ansia

Tenho ansia de te ter,
Ansia de te namorar,
Tenho sede do teu beijo,
ansia de contigo casar.
Tenho ansia de sermos dois,
Ansia de não sofrer,
Quero contigo passear,
Tenho ansia de renascer...

quarta-feira, agosto 09, 2006

Livre...

Entrara num ciclo, como que num corrupio electrizante, ritual sombrio e futurista.
Era apenas ela, a morena.
Perdida no seu metro e sessenta e picos, pisava a calçada leve como uma pena, num gingar sensual. Uma melodia eterna que suavemente percorria todos os meus pensamentos.
Era ela. O combustível do meu ser. Por ela, sentia-me vivo. E contudo, por medo, nunca tinha tido a coragem de dizer-lhe olá. Conhecia todos os seus gostos e manias.
Era eu, no talho, que lhe preparava a carne, numa contida e tímida sedução. Com o facalhão dilacerava cada milímetro de gordura e galgava triunfante, a encosta burguesa que nos dividia. Depois de aviada, eu esperava como um miúdo pelo seu doce. A oportunidade de sentir-me outra vez vivo, respirando aquele odor que despertava em mim o instinto mais perverso…
Qual animal enclausurado anos a fio, só queria sentir, nem que fosse uma única vez, aquela mulher nos meus braços. Queria ter algo meu. Mesmo que por breves e efémeros instantes. Mas que para mim, durariam para o resto da vida.
Mais tarde, acordo enfiado entre quatro paredes frias. Por instantes sinto-me alguém e apesar de meu corpo estar preso, a minha mente, essa, nunca ninguém a irá condenar. Viverá para sempre livre.

terça-feira, agosto 08, 2006

Ai Vida esta ...

Ai Vida esta que tanto trabalho dás,
Ai Vida esta que nunca pareces ser suficientemente boa,
Ai Vida esta que teimas em torturar-me com rasteiras,
Ai Vida esta que parece que gozas comigo,
Ai Vida esta que tens prazer em magoar-me,
Ai Vida esta que ignoras as minhas vontades,
Ai Vida esta que não és perfeita,
Ai Vida esta que és tão dura.
Ai Vida esta porque me queixo, se outra não queria ter!!!
Ai Vida esta ...

segunda-feira, agosto 07, 2006

Já não sei quem és...

Procuro-te por entre a multidão mas já não sei quem és...
A nitida imagem que tinha, foi-se dissipando entre a bruma...
Queria reconhecer-te mas já não sei quem és...
Procuro através de rostos estranhos, um traço que seja teu,
Os meus olhos não te enchergam pois já não sei quem és...
Terias mudado assim tanto, interrogo-me,
estarás descomprometida, ou alguém já prova do teu amor,
estarás envolta num grande amor, ou tal como eu, também já não sabes quem sou.
Queria isto e muito mais mas já não sei quem és!!!

Tu

Tu, que tanto procuras e nada encontras...
Tu que desesperas, naqueles dias mais dificeis, em que a noite mal dormida se apodera do teu corpo, mutilando cada milimetro da tua alma.
Tu
que em dias menos coloridos, tens um acordar tão pouco sereno.
Tu que te debates com inquetiação dia após dia, pois achas que os anos vão passando e que ainda não atingiste um nivel aceitável de felicidade.
Tu que estás a ler estas palavras, sim Tu, nada temas.

Eu sou o tal, e mesmo que não seja, imagina que sim, pelo menos durante um tempo encantado, tudo parecerá perfeito.
Quando acordares, e vires que tudo foi um sonho, fica a certeza que foi bom enquanto durou ...

sexta-feira, agosto 04, 2006

Sexta-Feira ...

Hoje é sexta-feira, e continuo muito sensivel no dedo mendinho...

Já passou cerca de 2 meses desde o pequeno acidente de trabalho, em que fiz um bife numa guilhotina, e o que parecia ser relativamente simples, está a demorar a ficar a 100%.
Quero tocar viola, e não posso fazer todas as notas, que cena estranha, quem diria que um dedo, um simples dedinho, faria tanta falta.
O mais cómico, que não tem graça nenhuma, é que parece que tudo tem que bater no dedo, é tipo, incha, toma lá que é para aprenderes.

Por isso meus amigos, nunca facilitem a trabalhar, depois podem vir a arrepender-se...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Patrão fora ...

Patrão fora, dia santo na loja...

Hoje debato-me (com alguma força, não muita, não quero contrariar a vontade) com a ronha.
Hoje acordei "enrezinado" e não me apetece fazer a ponta de um corno.
Olho para o PC, para as folhas de obra que se empurram umas às outras, para serem as primeiras, e vontade para trabalhar que é bom é mentira.
Só de pensar que tenho que ligar a prensa para estampar cento e tal tshirts, fico logo cansado.
Acabei de almoçar, e vontade de trabalhar, ainda não tenho.
Apetece-me dormir a bela da sesta, mas como ser responsável que sou, acabando este post e lá vou eu bastante contrariado (anotem isso aí) trabalhar.

Se por mim alguém perguntar, digam que estou ali ao lado a estampar...

quarta-feira, agosto 02, 2006

A Luz...

Tomara eu um dia sentir-te, tocar-te, partilhar contigo uma eternidade, juntos sermos fogo que irradia felicidade.
Tomara eu, em dias cinzentos, purificar-te a alma, contrastar o teu espirito, equilibrar as tonalidades do teu ser, para que tu, menina de olhos vidrados, possas ser o brilho que jubila do meu ser.
Tomara eu...

terça-feira, agosto 01, 2006

Regresso

Após uns dias de descanso, em que era pouca a vontade para escrever, estou de regresso.
Este será o post dos regressos ?!? Ora vejamos:
Estou de regresso das férias, regresso ao meu estaminé, à minha rotina, regresso a esta azáfama, a uma vida profissional complicada.
Regresso à companhia das pessoas que por momentos perdi o contacto.
Regresso ainda que pelos piores motivos ao convivio com a mitra do curso.
Regresso apenas...