quarta-feira, outubro 11, 2006

História I

De vez em quando e aproveitanto o fraco movimento neste blog, vou premiar os visitantes com alguns devaneios do maluquinho, histórias inventadas por mim, sem o intuito de magoar ou ferir susceptibilidades, e para começar cá vai a primeira, fresquinha fresquinha...

"Devaneios do maluquinho" - O ínicio

"Fui internado no Telhal, para quem não sabe, o slogan daqui é: "Casa de Saúde do Telhal onde ninguém tem saúde mental"

Nem sei como consegui andar tantos anos discretamente misturado com os ditos sãos.
Ainda ando a magicar como é que me descobriram, não ando na rua apenas com uma gabardine, não me comporto como um animal, embora muitas vezes, quando acompanhado em situações de convívio com certos individuos (ai as miudas), tenha vontade de comportamentos animalescos, claramente criticados pela igreja Matriz.
Então o que falhou, pois bem, foi esse mesmo o assunto da primeira reunião de grupo, éramos poucos, para ai uns simples 57, espalhados cientificamente pelo Armazém.
A Dra. Matilde (nome pelo qual a Dra. Alice pretendeu ser chamada, também deve ser pouco maluca deve, mas não nos desviemos do assunto) começou por introduzir alguns dados, que achou pertinentes, como nome, idade, motivo pelo qual estávamos ali. Com a sorte que tive, calhou-me logo ser o primeiro a discursar.
Como não sou maluco, optei por um discurso ponderado, e iniciei as hostes com Bom dia, quando a noite já tinha caido há muito, não satisfeito, disse que me chamava Adolf Bomàparte (estou altamente enraizado na cultura alemã e Francesa) e que tinha perdido as contas à minha idade quando chegara às 100 primaveras, e o motivo, tinha que responder ao motivo, pois bem, sem pestanejar respondi, alguém e eu não sou de acusar a Dra. Alice, achou que eu não tinha mais nada que fazer do que vir a esta reunião.
Suspirei de alívio, sem me lembrar das represálias que viriam a seguir...
Os outros 56 individuos sãos aplaudiram de pé o meu discurso, constatei naquele instante que uma carreira política poderia ter despontado, já só faltariam 4944 assinaturas para sentir o poder de comandar um País na conquista do mundo.
Quando recuperei os sentidos estava amarrado a uma marquesa, ressacado e estranhamente sem forças...
Cheiro a alcool que até tresando, tão depressa não bebo mais..."

2 comentários:

Rui disse...

Sempre que bebo demais digo isso para mim próprio. Foi a última vez, não volto a fazer isto.
Não resulta.

Magoar não digo, mas às vezes temos que ferir susceptibilidades.

Moon disse...

lol, é bem, é bem